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ABRAS vê aumento na procura por mascas mais acessíveis

ABRAS vê aumento na procura por mascas mais acessíveis O varejo de alimentos tende a ser mais resiliente em períodos de desaceleração do consumo, mas a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) avalia que este ano já é possível identificar movimentos de cautela por parte das famílias. A frequência de ida aos supermercados tem se reduzido, de acordo com a entidade, ao mesmo tempo em que aumentou a sensibilidade a preço e a procura por marcas e itens mais acessíveis.

O presidente do conselho consultivo da Abras, Sussumu Honda, considera que há alguns anos o consumo no Brasil passou por um processo de migração para marcas "premium" e que hoje esse processo se estanca. Ele destacou que a desaceleração do crescimento da renda e o temor quanto ao desemprego afetam a confiança do consumidor e provocam tais efeitos.

O executivo ainda considerou que tendem a se beneficiar nestes momentos formatos de lojas que operem com menor custo e consigam ter preços mais competitivos. É o caso do atacado de autosserviço, o qual Honda ressaltou que vem tendo forte expansão, sobretudo no Nordeste.

Outro modelo de loja que vem recebendo mais investimentos das redes de varejo é o minimercado e loja de conveniência. Nestes casos, Honda considera que há outros fatores motivando esse crescimento, como a necessidade de as lojas estarem mais perto do consumidor. Ele ainda ressaltou que há dentro desse tamanho de loja modelos que operam com preços mais baixos, como aquele conhecido como "hard discount".

Cesta Abrasmercado

A AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK a pedido da Abras, apresentou queda de 1,54% em julho em relação a junho deste ano, passando de R$ 377,40 para R$ 371,60. Na comparação com julho de 2013, o indicador cresceu 4,26%.

Os produtos com maiores altas em julho, na comparação com junho, foram: pernil (+6,88%), biscoito maisena (+3,63%), queijo mussarela (+3,19%). As maiores quedas foram impulsionadas por tomate (-23,57%), batata (-22,18%) e leite (-3,92%).

Fonte: O Povo