Analistas já preveem inflação a 6,98% este ano

O resultado para a inflação deste ano, no entanto, continua acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. Em 2017, o teto da meta é de 6%, já que a margem de tolerância foi reduzida de dois pontos para cima ou para baixo para 1,5 ponto.
Na semana anterior, os analistas previam que a inflação encerraria 2016 em 7,08%. O IPCA-15 de abril, que serve como uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,51%. O dado foi divulgado pelo IBGE na quarta-feira passada e mostrou aceleração frente a março, quando ficou em 0,43%, mas registrou uma freada significativa na comparação com o mesmo mês de 2015 (1,07%). O resultado em 12 meses ficou em 9,34%, abaixo dos 9,95% do mês anterior. Em 2016, a taxa acumulada é de 3,32%.
Com o alívio na inflação, a previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros este ano e no próximo também foi reduzida. Os analistas preveem que a Selic chegue a dezembro deste ano um ponto percentual abaixo do atual patamar, a 13,25% ao ano. Esta foi a segunda redução consecutiva. Na pesquisa anterior, a taxa estava em 13,38%. Para 2017, o relatório do BC cortou a projeção da Selic em 0,25 ponto percentual, para 12% ao ano.
O dólar foi mantido no mesmo patamar da semana passada pelo entrevistados. A mediana do Focus indica que a moeda americana chegará o fim deste ano a R$ 3,80. Em dezembro do ano que vem, a cotação prevista é de R$ 4.
Já as previsões para o PIB deste ano voltaram a piorar. De acordo com o relatório Focus, a economia deve recuar este ano 3,88% — a 14ª revisão para baixo seguida. Na semana anterior, a expectativa era que a atividade econômica registrasse uma retração de 3,80%. Por outra parte, para 2017, houve elevação de 0,1 ponto percentual na previsão de crescimento da economia, que deve registrar uma leve expansão de 0,30%.
Fonte: Jornal O Globo