Com vendas fracas, lojistas partem para redução de custos
Diante do aumento dos custos relacionados à energia, mão de obra, condomínios, aluguéis e dos próprios produtos, não é só a família brasileira que está mudando seus hábitos. Lojistas de Belo Horizonte têm adotado uma série de estratégias como forma de conter os gastos e equalizar o orçamento neste período em que as vendas não estão em seu melhor patamar. Renegociação de contratos e corte de pessoal são as medidas mais adotadas. Ainda assim, o repasse dos custos tem sido inevitável.
Na Brinkel, por exemplo, alguns investimentos foram suspensos, contratos tiveram que ser revistos e alguns funcionários dispensados. A informação é do proprietário Altair Rezende. Segundo ele, os brinquedos tiveram um aumento de 10% a 20% do ano passado para cá. Isso porque quando o item já não é importado, possui grande parte de seus insumos derivada de plástico ou de petróleo, cujos preços são internacionais.
Diante disso, foi necessário rever alguns gastos, de maneira a não ter que repassar todo o aumento para o consumidor. "O quadro já não está bom, se repassássemos os 20% de aumento, ficaria ainda pior. Conseguimos cortar em alguma ponta, mas em média de 10% estamos tendo que repassar", admite.
Entre as medidas, ele cita a redução do quadro de pessoal, a suspensão do aluguel para escritório da loja e a redução dos investimentos em publicidade. Em relação à negociação com fornecedores, Rezende explicou que não foi possível, porque as grandes fábricas têm política homogênea e preços fixos.
Ainda conforme o empresário, as expectativas para 2015 estão bastante tímidas. Por esse motivo, ele acredita que se o resultado das vendas encerrar o exercício em igual patamar do registrado no ano passado, já será muito bom. "Mas, deve ser até menos", admite.
Eficiência - A Água Fresca Lingerie, que conta com seis lojas em Belo Horizonte, está apostando na melhoria da eficiência. A proprietária Juliana Morais explica que o trabalho tem sido feito visando uma melhor performance de toda a equipe. "Estamos estudando as compras e organizando os estoques de maneira que possamos comprar menos e melhor. A ideia é não perder no faturamento e ter condições de lidar com o aumento dos preços", explica. A demissão de alguns profissionais também foi adotada.
Em relação ao aumento dos preços dos produtos, Juliana Morais revela que não houve outra opção a não ser repassar. Segundo a empresária, novas coleções e itens geralmente já chegam com novos preços, que neste ano foram impactados também pelo aumento do dólar frente ao real. "Alguma coisa dá para segurar, mas nem tudo. O que estamos tentando fazer é equalizar, de maneira que o preço ainda seja atrativo ao cliente", diz.
Sobre o desempenho dos negócios em 2015 ela acredita que a experiência de mercado poderá ajudar a salvar os resultados. "Não vislumbro grandes melhorias, mas mantenho meu otimismo. Até porque, o segundo semestre geralmente é melhor do que o primeiro", aposta.
Esportivos - Na Arquibancada, rede de lojas que vende artigos esportivos e possui nove unidades na Capital, a principal estratégia foi a renegociação dos contratos com prestadores de serviços. De acordo com o proprietário da rede, Ewerton Starling, ainda no início de 2015 as empresas foram procuradas para reavaliação dos serviços.
"As opções que tínhamos era cancelar ou renegociar. Tivemos sucesso em 99% das empresas, apenas com uma não houve acordo. Com essa medida, conseguimos reduzir nossos custos entre 20% e 25%. Até nos aluguéis conseguimos alguma redução", conta.
A dispensa de funcionários, neste caso, não foi tão relevante, uma vez que a empresa já vinha com o quadro reduzido desde o ano passado. "Estou com menos dois funcionários do que estaria em um cenário normal", afirma. Além disso, o empresário preferiu absorver parte do aumento dos custos. Com isso, a margem de lucro do negócio reduziu em cerca de 4,5%.
A Ideiaz, loja de artigos para presentes, localizada em no Minas Shopping, também está com a equipe mais enxuta e está trabalhando com os produtos em estoque. Conforme a gerente Juliana Baeta, as compras daqui para frente serão mais pontuais, priorizando itens com maior giro. "Não dá para arriscar", ressalta.
Na Brinkel, por exemplo, alguns investimentos foram suspensos, contratos tiveram que ser revistos e alguns funcionários dispensados. A informação é do proprietário Altair Rezende. Segundo ele, os brinquedos tiveram um aumento de 10% a 20% do ano passado para cá. Isso porque quando o item já não é importado, possui grande parte de seus insumos derivada de plástico ou de petróleo, cujos preços são internacionais.
Diante disso, foi necessário rever alguns gastos, de maneira a não ter que repassar todo o aumento para o consumidor. "O quadro já não está bom, se repassássemos os 20% de aumento, ficaria ainda pior. Conseguimos cortar em alguma ponta, mas em média de 10% estamos tendo que repassar", admite.
Entre as medidas, ele cita a redução do quadro de pessoal, a suspensão do aluguel para escritório da loja e a redução dos investimentos em publicidade. Em relação à negociação com fornecedores, Rezende explicou que não foi possível, porque as grandes fábricas têm política homogênea e preços fixos.
Ainda conforme o empresário, as expectativas para 2015 estão bastante tímidas. Por esse motivo, ele acredita que se o resultado das vendas encerrar o exercício em igual patamar do registrado no ano passado, já será muito bom. "Mas, deve ser até menos", admite.
Eficiência - A Água Fresca Lingerie, que conta com seis lojas em Belo Horizonte, está apostando na melhoria da eficiência. A proprietária Juliana Morais explica que o trabalho tem sido feito visando uma melhor performance de toda a equipe. "Estamos estudando as compras e organizando os estoques de maneira que possamos comprar menos e melhor. A ideia é não perder no faturamento e ter condições de lidar com o aumento dos preços", explica. A demissão de alguns profissionais também foi adotada.
Em relação ao aumento dos preços dos produtos, Juliana Morais revela que não houve outra opção a não ser repassar. Segundo a empresária, novas coleções e itens geralmente já chegam com novos preços, que neste ano foram impactados também pelo aumento do dólar frente ao real. "Alguma coisa dá para segurar, mas nem tudo. O que estamos tentando fazer é equalizar, de maneira que o preço ainda seja atrativo ao cliente", diz.
Sobre o desempenho dos negócios em 2015 ela acredita que a experiência de mercado poderá ajudar a salvar os resultados. "Não vislumbro grandes melhorias, mas mantenho meu otimismo. Até porque, o segundo semestre geralmente é melhor do que o primeiro", aposta.
Esportivos - Na Arquibancada, rede de lojas que vende artigos esportivos e possui nove unidades na Capital, a principal estratégia foi a renegociação dos contratos com prestadores de serviços. De acordo com o proprietário da rede, Ewerton Starling, ainda no início de 2015 as empresas foram procuradas para reavaliação dos serviços.
"As opções que tínhamos era cancelar ou renegociar. Tivemos sucesso em 99% das empresas, apenas com uma não houve acordo. Com essa medida, conseguimos reduzir nossos custos entre 20% e 25%. Até nos aluguéis conseguimos alguma redução", conta.
A dispensa de funcionários, neste caso, não foi tão relevante, uma vez que a empresa já vinha com o quadro reduzido desde o ano passado. "Estou com menos dois funcionários do que estaria em um cenário normal", afirma. Além disso, o empresário preferiu absorver parte do aumento dos custos. Com isso, a margem de lucro do negócio reduziu em cerca de 4,5%.
A Ideiaz, loja de artigos para presentes, localizada em no Minas Shopping, também está com a equipe mais enxuta e está trabalhando com os produtos em estoque. Conforme a gerente Juliana Baeta, as compras daqui para frente serão mais pontuais, priorizando itens com maior giro. "Não dá para arriscar", ressalta.
Fonte: Diário do Comércio