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Compras ficam 12,57% mais baratas

Compras ficam 12,57% mais baratas Neste mês, a dona de casa deverá sentir um alívio no bolso quando for ao mercado: pela primeira vez, pesquisa do Diário mostrou que as compras ficaram mais baratas, tanto no hiper quanto no supermercado da região. A queda chega a 12,57% comparada ao mês passado, maior queda desde que o levantamento foi iniciado, em abril.

A pesquisa, que é feita com base em 17 itens, que incluem apenas produtos de alimentação, pensados como despesa semanal, para família de quatro pessoas, é realizada todos os meses no dia 15, em um hipermercado e um supermercado da região, para verificar a inflação na prática.

O preço total da compra no hipermercado foi de R$ 90,90, o que representa R$ 13,08 a menos do que em setembro, ou retração de 12,57%. No supermercado, o resultado foi R$ 96,41, o que significa compra 4,78% mais em conta, ou R$ 6,85 de economia.

Entre os itens que mais puxaram o preço para baixo está a batata, que chegou a cair 69,72% no estabelecimento de grande porte, neste mês. O quilo, que antes custava R$ 4,79, hoje pode ser encontrado por R$ 1,45. Na loja menor, o valor reduziu 30,06%, caindo de R$ 4,99 para R$ 3,49.

Para o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) Fábio Vezzá De Benedetto, a diferença de preço deve ser uma estratégia dos mercados. “Promoções para chamar a atenção do cliente costumam baixar o preço dessa maneira.”

A cebola apresentou queda de 50,02% no hipermercado, já que o quilo custava em setembro R$ 2,49 e agora caiu pela metade, saindo por R$ 1,24. No supermercado, a diferença foi de 41,08%, sendo que antes o preço era de R$ 2,99, e passou para R$ 1,74.

Como a cebola voltou a vir do interior de São Paulo, a tendência do preço é diminuir. “Mesmo a safra sendo nova, os alimentos estão vindo bastante machucados, e não estão tendo uma boa aceitação por parte do público, por isso o preço tem diminuído”, afirma Benedetto.

O valor da carne bovina também merece destaque, já que caiu 32,47% de um mês para outro no maior estabelecimento. A diferença de R$ 9,09 deve chamar a atenção do consumidor, que pode encontrar o quilo do pedaço do coxão mole por R$ 18,90.

MAIS BARATO - Neste mês, os preços dos itens no estabelecimento de grande porte apresentaram quedas mais significativas que no supermercado, o que não vinha acontecendo desde junho. A defasagem entre os dois foi de R$ 5,51.

De acordo com o engenheiro agrônomo, na teoria, o hipermercado teria mais condições de apresentar um preço menor. “Devido à sua capacidade de barganha e capital maior, é possível negociar mais e conseguir um preço menor.”

IPCA - Embora este mês tenha sido positivo para o bolso do consumidor, no acúmulo do ano, o balanço não traz boas notícias. A pesquisa, que está sendo feita desde abril pelo Diário, apresentou uma variação do montante anual até então de 6,45% no hipermercado e 2,42% no supermercado.

Enquanto isso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril até setembro – tendo em vista que o índice de outubro ainda não foi divulgado neste mês), somou 3,67%, o que significa que a dona de casa está pagando mais do que a inflação quando vai às compras.

Fonte: Diário do Grande ABC