Confiança do consumidor tem maior alta mensal desde 2010, diz CNC

Já em relação ao mesmo período do ano passado, todos os itens tiveram forte queda, resultando em recuo de 9,6%.
“A comparação com agosto mostra que existe uma percepção de que a crise vem lentamente perdendo força, com suave desaceleração da inflação e retomada gradual da confiança de consumidores e empresários”, avalia Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC. A especialista destaca, no entanto, que o índice ainda permanece num nível abaixo da zona de indiferença, de 100 pontos, o que indica uma percepção de insatisfação com a situação atual.
O único componente na zona positiva foi o emprego atual, que ficou em 104,8 pontos. O resultado mostra um crescimento de 2,5% em relação ao mês anterior, mas permanece em queda, de 2%, na comparação com setembro de 2015. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao trabalho é de 30,3%.
Consumo
Com 46,4 pontos, o item nível de consumo atual subiu 4,9% em relação a agosto. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, evidencia uma retração de 22,5%. A maior parte das famílias, 64%, declarou estar com o nível de consumo menor do que em 2015.
Na renda atual, houve aumento de 3,6% em relação a agosto. Com 88,3 pontos, o componente, no entanto, caiu 10,7% na comparação anual.
O item compras a prazo aumentou 2,2% na comparação mensal, mas caiu 16,5% ante o mesmo período do ano passado. O componente ficou com 65,4 pontos. O momento para duráveis, que ficou em 44,5 pontos, cresceu 6,3% em relação a agosto, porém recuou 15,1% na comparação anual. A alta taxa de juros faz com que 74,7% das famílias considerem o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis.
Expectativas
A perspectiva profissional aumentou 3,6% na comparação mensal. Contudo, houve recuo de 1,3% em relação a setembro de 2015 e o item ficou em 97,4 pontos. Do total de famílias brasileiras, 47,1% consideram negativo o cenário para os próximos seis meses.
Com o maior desempenho mensal da série histórica, iniciada em 2010, o item perspectiva de consumo apresentou elevação de 8,5% e ficou em 58,1 pontos. Na comparação anual, houve recuo de 8,6%.
Diante do cenário atual, a CNC revisou suas expectativas de queda no varejo restrito de -5,4 para -5,2%. Já no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a previsão foi de -9,8% para -9,4% ao final de 2016.
Fonte: Portal G1