Consumidores seguem preocupados com emprego e aceleração da inflação
Os consumidores seguem preocupados com a situação atual do emprego e com a aceleração da inflação, o que os levou a sentir uma piora nas finanças da família neste mês. Além disso, metade dos brasileiros avalia a situação econômica como ruim. Com isso, o índice de confiança do consumidor caiu 1,5% em outubro, informou na sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para o futuro, contudo, as expectativas dos consumidores melhoraram, tanto em relação à economia quanto às finanças e ao emprego, o que pode ser fruto da proximidade da definição das eleições.
"Não existe nenhuma mudança que nos leve a interpretar uma melhora nas expectativas. Agora, o consumidor pode estar esperando mudanças depois de escolhido quem será presidente. Há uma influência política", disse a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV.
Em outubro, a confiança caiu a 101,5 pontos, o pior nível desde abril de 2009. A percepção das famílias sobre as finanças da casa no momento atual recuou 2,3%. "Essa piora pode estar relacionada ao emprego e também à inflação de alimentos, que influencia principalmente a classe de renda mais baixa. justamente a classe que está sentindo mais esse impacto", disse Viviane.
O indicador de emprego no momento atual caiu 0,2%, a sétima queda seguida, estacionando no menor nível desde abril de 2010. A avaliação sobre a situação atual da economia também piorou (-4,0%), e metade dos consumidores (50,4%) acredita que a situação da economia é ruim.
Futuro - Em relação ao futuro, contudo, a percepção dos brasileiros melhorou. O indicador de emprego, por exemplo, subiu 4,3%, embora se mantenha, pelo sexto mês seguido, abaixo dos cem pontos - o que indica que há um número maior de famílias apostando que será mais difícil achar uma vaga. "Mesmo antes de se observar uma redução no ritmo de contratações, o consumidor já estava demonstrando insatisfação com o mercado de trabalho", ressaltou Viviane.
Além disso, a percepção sobre o futuro da economia melhorou em outubro pelo segundo mês consecutivo. "Talvez o consumidor esteja olhando para o final do período eleitoral e vislumbrando mais estabilidade", avaliou Viviane. Até agora, o ambiente econômico alimentou uma incerteza que durou todo este ano e levou os consumidores a adotarem cautela em suas decisões de compra, lembrou.
Em relação à situação financeira, as famílias também esperam algum alento no futuro - o indicador subiu 1,4%. "Mas isso não foi suficiente para sustentar a intenção de compra", atentou a economista. O indicador de expectativa de compra de duráveis recuou 3,6%.
"Isso é algo que percebemos também nas outras sondagens (empresariais). A demanda está fraca", acrescentou. Diante do resultado e da proximidade do Natal, Viviane alertou que o volume de vendas na data festiva não deve se manter no mesmo nível de crescimento observado em anos anteriores.
A sondagem do consumidor conta com as opiniões de mais de 2,1 mil brasileiros
spalhados em sete das principais capitais do país.
Para o futuro, contudo, as expectativas dos consumidores melhoraram, tanto em relação à economia quanto às finanças e ao emprego, o que pode ser fruto da proximidade da definição das eleições.
"Não existe nenhuma mudança que nos leve a interpretar uma melhora nas expectativas. Agora, o consumidor pode estar esperando mudanças depois de escolhido quem será presidente. Há uma influência política", disse a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV.
Em outubro, a confiança caiu a 101,5 pontos, o pior nível desde abril de 2009. A percepção das famílias sobre as finanças da casa no momento atual recuou 2,3%. "Essa piora pode estar relacionada ao emprego e também à inflação de alimentos, que influencia principalmente a classe de renda mais baixa. justamente a classe que está sentindo mais esse impacto", disse Viviane.
O indicador de emprego no momento atual caiu 0,2%, a sétima queda seguida, estacionando no menor nível desde abril de 2010. A avaliação sobre a situação atual da economia também piorou (-4,0%), e metade dos consumidores (50,4%) acredita que a situação da economia é ruim.
Futuro - Em relação ao futuro, contudo, a percepção dos brasileiros melhorou. O indicador de emprego, por exemplo, subiu 4,3%, embora se mantenha, pelo sexto mês seguido, abaixo dos cem pontos - o que indica que há um número maior de famílias apostando que será mais difícil achar uma vaga. "Mesmo antes de se observar uma redução no ritmo de contratações, o consumidor já estava demonstrando insatisfação com o mercado de trabalho", ressaltou Viviane.
Além disso, a percepção sobre o futuro da economia melhorou em outubro pelo segundo mês consecutivo. "Talvez o consumidor esteja olhando para o final do período eleitoral e vislumbrando mais estabilidade", avaliou Viviane. Até agora, o ambiente econômico alimentou uma incerteza que durou todo este ano e levou os consumidores a adotarem cautela em suas decisões de compra, lembrou.
Em relação à situação financeira, as famílias também esperam algum alento no futuro - o indicador subiu 1,4%. "Mas isso não foi suficiente para sustentar a intenção de compra", atentou a economista. O indicador de expectativa de compra de duráveis recuou 3,6%.
"Isso é algo que percebemos também nas outras sondagens (empresariais). A demanda está fraca", acrescentou. Diante do resultado e da proximidade do Natal, Viviane alertou que o volume de vendas na data festiva não deve se manter no mesmo nível de crescimento observado em anos anteriores.
A sondagem do consumidor conta com as opiniões de mais de 2,1 mil brasileiros
spalhados em sete das principais capitais do país.
Fonte: Diário do Comércio