Demanda é fraca para ao menos 30% do setor do varejo

Segundo a Fundação Getulio Vargas, a proporção de empresas que avaliam a demanda atual como forte diminuiu de 11,4% para 8,8% entre janeiro e fevereiro, enquanto a parcela das que avaliam como fraca passou de 32,4% para 36,3% no período. Além disso, houve queda de 5,7% do indicador de situação atual dos negócios.
Piora nos quesitos
Para o consultor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Silvio Sales, o resultado de fevereiro retrata um setor "em contínua desaceleração", inserido em um contexto em que a demanda reflete efeitos da inflação elevada e da queda da confiança do consumidor.
"Fevereiro marca um novo recorde negativo na curva de confiança do setor de serviços. As empresas têm avaliações desfavoráveis quanto à demanda atual e nos próximos três meses. O resultado retrata um setor em desaceleração."
A deterioração das expectativas (-4,5%), por sua vez, também foi provocada por uma piora em ambos os quesitos. Em fevereiro, houve queda de 5,1% do indicador de tendência dos negócios.
Ao todo, a proporção de empresas que esperam por melhora no indicador passou de 30,8% em janeiro para 29,3% no mês passado, enquanto a parcela das que esperam piora aumentou de 14,1% para 18,5% no período. Já o indicador de volume atual cedeu em cerca de 3,9%. Com a queda da confiança, o índice de serviços atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em junho de 2008. A deterioração se espalhou por 10 das 12 atividades pesquisadas.
Fonte: DCI