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Desemprego cai para 12,8% em julho e atinge 13,3 milhões, diz IBGE

Desemprego cai para 12,8% em julho e atinge 13,3 milhões, diz IBGE O desemprego ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o Brasil tinha 13,3 milhões de desempregados.

Em relação ao trimestre terminado em junho, o recuo da taxa foi de 0,2 ponto percentual (veja o gráfico abaixo). Já em relação ao trimestre móvel terminado em abril, o recuo foi ainda maior, de 0,8 ponto percentual. No entanto, frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,2 ponto percentual maior, quando o desemprego estava em 11,6%.

A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de julho se refere ao período de maio a julho. O instituto divulga a taxa mensalmente.

Informalidade gerou vagas
Segundo o IBGE, na comparação com o trimestre terminado em abril, mais de 1,4 milhão de brasileiros saíram da fila do desemprego, fazendo o número de empregados atingir 90,7 milhões de pessoas. Mas os postos de trabalho foram gerados, em sua maioria, na informalidade.

O aumento aconteceu, principalmente, entre os empregados sem carteira assinada (mais 468 mil pessoas) e os trabalhadores por conta própria (mais 351 mil pessoas). Já a população com carteira assinada manteve-se estável (33,3 milhões).

“Sem dúvida há uma recuperação [no mercado de trabalho], mas ela se dá sobre uma plataforma informal”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Segundo ele, do total de 1,4 milhão de postos gerados, 2/3 se dividiram entre trabalhadores por conta própria e trabalhadores sem carteira assinada e 1/3 foi ocupado no setor público.

“A gente tem hoje no Brasil um processo de recuperação em termos quantitativos, mas a qualidade deste trabalho é questionável, já que ela se dá no mercado informal”, analisou.

“Se não houver um processo de recuperação de entrada de trabalhadores formalizados no mercado isso pode gerar um problema futuro. Isso porque estas pessoas não estarão seguradas no futuro. Isso poderá impactar negativamente o comércio, uma vez que o acesso ao crédito, por exemplo, poderá ser dificultado. Um país não se desenvolve em cima de uma plataforma informal”, afirmou Azeredo.

A contratação no setor público, segundo o pesquisador, se deu no âmbito das prefeituras, principalmente nas áreas de educação, saúde e seguridade. Ele destacou que esse acréscimo não se deu por meio de concursos públicos. “Temos que lembrar que no ano passado teve eleições. O pessoal que saiu [com o fim da gestão anterior] voltou agora”, apontou.

Fonte: G1 - economia