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Desemprego sobe para 12,6% em abril com queda recorde no número de ocupados

Desemprego sobe para 12,6% em abril com queda recorde no número de ocupados

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,6% no trimestre encerrado em abril, atingindo 12,8 milhões de pessoas e com um fechamento de quase 5 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



O resultado representa uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em janeiro. Dessa forma, o número de pessoas na fila por um emprego aumentou em 898 mil pessoas em 3 meses, em meio aos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica.



Trata-se também da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em março do ano passado, quando foi de 12,7%.



População ocupada tem queda recorde

A população ocupada no país teve queda recorde de 5,2% em 3 meses e encolheu para um total de 89,2 milhões de brasileiros, contra 94,1 milhões no trimestre encerrado em janeiro. Na comparação com abril do ano passado a queda também foi recorde, de 3,4% (3,1 milhões de pessoas a menos).



O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 51,6%, o menor da série histórica iniciada em 2012. Há 1 ano, estava em 54,2%.



Recorde de pessoas fora da força de trabalho e de desalentados

O número de desempregados no país só não cresceu mais porque um contingente significativo de pessoas deixou de procurar emprego ou não estava disponível para trabalhar em abril, em meio ao isolamento social e restrições impostas pelas autoridades para tentar conter o avanço do coronavírus.



No trimestre encerrado em abril, 4 milhões de brasileiros deixaram a força de trabalho.



A população fora da força de trabalho somou 70,9 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, representando também um novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 7,9% (mais 5,2 milhões de pessoas) em 3 meses e salto de 9,2% (mais 6 milhões) na comparação a igual período de 2019.



São classificadas como fora da força de trabalho as pessoas que não procuraram trabalho, mas gostariam de ter um, ou aquelas que buscaram emprego, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência da pesquisa.



Já o desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) cresceu 7% (328 mil pessoas a mais) em relação ao trimestre encerrado em janeiro, chegando a 5 milhões, novo recorde de toda a série histórica.

 


Fonte: G1 - Economia