Gestão de estoques evita prateleiras vazias
Em tempos de crise, dimensionar corretamente os estoques pode ser um grande desafio para os varejistas. A mudança de hábitos do consumidor pode confundir os empresários levando à falta de produtos nas prateleiras. Só em julho, o número de rupturas, como é chamada essa ausência de itens, chegou a 10% no varejo brasileiro.
Não encontrar uma mercadoria na prateleira pode gerar frustração entre os consumidores. Por isso, ter gestão de estoques eficiente e comunicação efetiva entre o centro de distribuição e os fornecedores pode garantir, além da reposição rápida das categorias, um número maior de clientes satisfeitos.
Na opinião da coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti, deixar de ter um produto torna-se prejudicial em um período prolongado. "Hoje, a ruptura é fácil de ser evitada, já que existe uma vasta opção de produtos similares que podem atender a necessidade do consumidor. O problema está no tempo em que essa categoria vai ficar indisponível", afirmou a especialista.
Para Patricia, a experiência de não encontrar uma marca pode frustrar o cliente. "No longo prazo, isso pode até desmotivar e o cliente levá-lo a outros canais", disse ela.
Estratégias
A estimativa é que o setor supermercadista seja o mais afetado com a falta de insumos nas prateleiras. Outros ramos como material de construção também segue alerta.
Já nas operações de vestuário, em especial as de fast fashion, o produto acabar rápido e não ser reposto é estratégia de venda. "Para alguns nichos isso é prejudicial, mas na moda, a ruptura é estratégica. Redes como Zara e Riachuelo colocam poucos itens à venda para impulsionar a compra e manter o conceito fast fashion", comentou.
No caso da Telhanorte, a tática foi investir na melhoria logística. Recentemente, o diretor-geral da rede Manuel Corrêa informou ao DCI ter investido na melhora da eficiência de entrega. "Desde 2010 investimos R$ 43 milhões em plataforma logística. Com isso, melhoramos a eficiência e a diminuição da ruptura no ponto de venda", explicou. A ruptura na rede gira em torno de 1,5%.
Para Patricia, dar atenção aos ramos de logística e de gestão da provisão de vendas é opção determinante. "O varejista tem de estar atento à gestão da loja, assim como à necessidade do consumidor".
Para a especialista, os operadores de caixa devem perguntar ao consumidor se ele encontrou tudo o que procurava. Isso ajuda a desenvolver melhor as categorias nos pontos de venda. "Você passa a ter mais afinidade com os interesses do consumidor", concluiu.
Tecnologia a favor
Pesquisa realizada pela NeoGrid Supply Chain Benchmark Powered by Nielsen mostrou que a ruptura esteve na ordem de 10% no varejo brasileiro em julho deste ano.
Na opinião do diretor de operações Supply Chain da marca, Gilson Torii, ter ferramentas tecnológicas como um software de gestão, ajuda na organização das categorias e nas vendas. "Com a ferramenta é possível identificar o que causa a falta de produtos na prateleira. Geralmente o varejista tem o item em seu estoque, só que há um falha na comunicação entre a loja e o back office".
A NeoGrid identificou que 40% dos casos ocorreram por falta de controle do próprio varejista, que não disponibilizou os itens no ponto de venda, ou ainda por falha na entrega. Os índices mencionados referem-se ao setor supermercadista baseado nas categorias: cervejas, bolachas e biscoitos, leite longa vida, iogurte e refrigerantes. "É preciso estar atento. A falta na prateleira significa perda na venda", enfatizou Torii. O número de vendas perdidas por indisponibilidade chegou a 7% em janeiro e caiu para 4% no fim do primeiro trimestre. Nos meses seguintes subiu e fechou o segundo trimestre em 5%.
Não encontrar uma mercadoria na prateleira pode gerar frustração entre os consumidores. Por isso, ter gestão de estoques eficiente e comunicação efetiva entre o centro de distribuição e os fornecedores pode garantir, além da reposição rápida das categorias, um número maior de clientes satisfeitos.
Na opinião da coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti, deixar de ter um produto torna-se prejudicial em um período prolongado. "Hoje, a ruptura é fácil de ser evitada, já que existe uma vasta opção de produtos similares que podem atender a necessidade do consumidor. O problema está no tempo em que essa categoria vai ficar indisponível", afirmou a especialista.
Para Patricia, a experiência de não encontrar uma marca pode frustrar o cliente. "No longo prazo, isso pode até desmotivar e o cliente levá-lo a outros canais", disse ela.
Estratégias
A estimativa é que o setor supermercadista seja o mais afetado com a falta de insumos nas prateleiras. Outros ramos como material de construção também segue alerta.
Já nas operações de vestuário, em especial as de fast fashion, o produto acabar rápido e não ser reposto é estratégia de venda. "Para alguns nichos isso é prejudicial, mas na moda, a ruptura é estratégica. Redes como Zara e Riachuelo colocam poucos itens à venda para impulsionar a compra e manter o conceito fast fashion", comentou.
No caso da Telhanorte, a tática foi investir na melhoria logística. Recentemente, o diretor-geral da rede Manuel Corrêa informou ao DCI ter investido na melhora da eficiência de entrega. "Desde 2010 investimos R$ 43 milhões em plataforma logística. Com isso, melhoramos a eficiência e a diminuição da ruptura no ponto de venda", explicou. A ruptura na rede gira em torno de 1,5%.
Para Patricia, dar atenção aos ramos de logística e de gestão da provisão de vendas é opção determinante. "O varejista tem de estar atento à gestão da loja, assim como à necessidade do consumidor".
Para a especialista, os operadores de caixa devem perguntar ao consumidor se ele encontrou tudo o que procurava. Isso ajuda a desenvolver melhor as categorias nos pontos de venda. "Você passa a ter mais afinidade com os interesses do consumidor", concluiu.
Tecnologia a favor
Pesquisa realizada pela NeoGrid Supply Chain Benchmark Powered by Nielsen mostrou que a ruptura esteve na ordem de 10% no varejo brasileiro em julho deste ano.
Na opinião do diretor de operações Supply Chain da marca, Gilson Torii, ter ferramentas tecnológicas como um software de gestão, ajuda na organização das categorias e nas vendas. "Com a ferramenta é possível identificar o que causa a falta de produtos na prateleira. Geralmente o varejista tem o item em seu estoque, só que há um falha na comunicação entre a loja e o back office".
A NeoGrid identificou que 40% dos casos ocorreram por falta de controle do próprio varejista, que não disponibilizou os itens no ponto de venda, ou ainda por falha na entrega. Os índices mencionados referem-se ao setor supermercadista baseado nas categorias: cervejas, bolachas e biscoitos, leite longa vida, iogurte e refrigerantes. "É preciso estar atento. A falta na prateleira significa perda na venda", enfatizou Torii. O número de vendas perdidas por indisponibilidade chegou a 7% em janeiro e caiu para 4% no fim do primeiro trimestre. Nos meses seguintes subiu e fechou o segundo trimestre em 5%.
Fonte: DCI