Grupo Pão de Açúcar assume postura agressiva no comércio eletrônico
Um dos pioneiros no varejo online, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai aumentar seu poder de fogo na internet. Junto com o Casino, a empresa lança mão de mais uma arma pesada, o Cdiscount, site de descontos que já se tornou sucesso em mais de oito países do mundo.
Braço do grupo que administra as operações de e-commerce do Extra, Casas Bahia e Ponto Frio, a Cnova Brasil passa a figurar entre os 10 principais players do setor.Na França, onde é líder, a estimativa da empresa é que o site atinja mais de 16 milhões de clientes desde a sua criação, em 2011. No total, a bandeira já movimentou US $ 2,6 bilhões, em 2013.
O novo ambiente virtual atuará com maior ênfase no segmento de marketplace - agregador de sites ou shopping virtual -, além da aposta no conceito de descontos expressivos. "Vamos atrair o consumidor ao site orientado-o pelo preço", disse o diretor executivo de marketing da Cnova, Vicente Rezende.
Segundo o executivo, para conseguir preços competitivos e diferentes dos concorrentes, e até das outras marcas do próprio grupo que também atuam no e-commerce, a negociação deve ser feita diretamente com a indústria. "Só entrarão no site produtos com preços realmente competitivos. Por isso, o portfólio no Cdiscount deverá ser bem mais enxuto", explicou Rezende. "Hoje nos consideramos como um outlet virtual", completou ele.
Rezende fez questão de ressaltar que os itens ou as empresas que não conseguirem oferecer bons descontos não farão parte do Cdiscount. "Produtos vão deixar de ser vendidos, se não atenderem à proposta de preço", disse o executivo em entrevista.
Produtos
Lançado há mais de um ano, no marketplace o Extra, por exemplo, é possível encontrar 500 mil produtos distintos. Enquanto isso, neste primeiro momento, o site de descontos chega com 50 mil itens. "Existe a perspectiva de colocarmos outras categorias à venda no Cdiscount", argumentou o diretor executivo da Cnova, sendo que moda pode vir a ser uma das categorias analisadas. Ainda segundo Rezende não está descartada a venda de produtos importados. "Não posso falar de futuro, mas podemos, sim, vender artigos importados no Cdiscount".
Sem mencionar o quanto foi investido na operação, nem quanto ela incrementará o resultado da Cnova, o executivo diz que a empresa já pediu registro na Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos EUA. Rezende afirma que, por se tratar de uma empresa que agrega outras operações on-line do grupo - Extra.com.br, Pontofrio.com e CasasBahia.com.br -, a Cnova não teve de aumentar sua equipe de trabalho.
"A infraestrutura da Cnova é capaz de atender a demanda do Cdiscount sem a necessidade de grandes mudanças. Os centros de distribuição que abastecem as outras operações são suficientes para esta demanda", disse o executivo.
Além da política de preço baixo, que é negociada diretamente com o fornecedor, a venda parcelada em 10 vezes e sem juros também é uma das estratégias para tornar o Cdiscount referência entre outros concorrentes.
Celular
Vender por celular é premissa das operações do conglomerado de e-commerce da Cnova. "Temos como conceito ser 'mobile first', por isso o Cdiscount já conta com um site específico para a venda pelo celular e por demais dispositivos móveis", afirmou Rezende.
Pesquisa da Adyen, empresa de pagamentos multicanal, aponta que, no terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em geral feitos por dispositivos móveis contribuíram com 23,3% do total de pagamentos on-line. Dentro de sua base de clientes, em torno de 3,5 mil empresas, esse percentual aponta aumento de 21,5% no número de transações via celular na comparação com o trimestre anterior.
No Brasil, a compra por dispositivos móveis ainda não atingiu 5%, mas é tendência entre os empresários que operam lojas virtuais a importância desse canal de venda. Ainda mais com um consumidor conectado e que aprendeu a pesquisar preço e a se preocupar com a reputação da marca.
Mercado
Atualmente, o segmento de marketplace no País conta com players como MercadoLivre, Amazon, Rakuten, Elo 7, entre outros. Mesmo considerado pequeno, pois poucas empresas apostaram nele, o segmento começa a ganhar corpo. Entidades setoriais afirmam que o nicho pode representar mais de 30% do faturamento do setor, estimado em R$ 39 bi.
Braço do grupo que administra as operações de e-commerce do Extra, Casas Bahia e Ponto Frio, a Cnova Brasil passa a figurar entre os 10 principais players do setor.Na França, onde é líder, a estimativa da empresa é que o site atinja mais de 16 milhões de clientes desde a sua criação, em 2011. No total, a bandeira já movimentou US $ 2,6 bilhões, em 2013.
O novo ambiente virtual atuará com maior ênfase no segmento de marketplace - agregador de sites ou shopping virtual -, além da aposta no conceito de descontos expressivos. "Vamos atrair o consumidor ao site orientado-o pelo preço", disse o diretor executivo de marketing da Cnova, Vicente Rezende.
Segundo o executivo, para conseguir preços competitivos e diferentes dos concorrentes, e até das outras marcas do próprio grupo que também atuam no e-commerce, a negociação deve ser feita diretamente com a indústria. "Só entrarão no site produtos com preços realmente competitivos. Por isso, o portfólio no Cdiscount deverá ser bem mais enxuto", explicou Rezende. "Hoje nos consideramos como um outlet virtual", completou ele.
Rezende fez questão de ressaltar que os itens ou as empresas que não conseguirem oferecer bons descontos não farão parte do Cdiscount. "Produtos vão deixar de ser vendidos, se não atenderem à proposta de preço", disse o executivo em entrevista.
Produtos
Lançado há mais de um ano, no marketplace o Extra, por exemplo, é possível encontrar 500 mil produtos distintos. Enquanto isso, neste primeiro momento, o site de descontos chega com 50 mil itens. "Existe a perspectiva de colocarmos outras categorias à venda no Cdiscount", argumentou o diretor executivo da Cnova, sendo que moda pode vir a ser uma das categorias analisadas. Ainda segundo Rezende não está descartada a venda de produtos importados. "Não posso falar de futuro, mas podemos, sim, vender artigos importados no Cdiscount".
Sem mencionar o quanto foi investido na operação, nem quanto ela incrementará o resultado da Cnova, o executivo diz que a empresa já pediu registro na Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais dos EUA. Rezende afirma que, por se tratar de uma empresa que agrega outras operações on-line do grupo - Extra.com.br, Pontofrio.com e CasasBahia.com.br -, a Cnova não teve de aumentar sua equipe de trabalho.
"A infraestrutura da Cnova é capaz de atender a demanda do Cdiscount sem a necessidade de grandes mudanças. Os centros de distribuição que abastecem as outras operações são suficientes para esta demanda", disse o executivo.
Além da política de preço baixo, que é negociada diretamente com o fornecedor, a venda parcelada em 10 vezes e sem juros também é uma das estratégias para tornar o Cdiscount referência entre outros concorrentes.
Celular
Vender por celular é premissa das operações do conglomerado de e-commerce da Cnova. "Temos como conceito ser 'mobile first', por isso o Cdiscount já conta com um site específico para a venda pelo celular e por demais dispositivos móveis", afirmou Rezende.
Pesquisa da Adyen, empresa de pagamentos multicanal, aponta que, no terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em geral feitos por dispositivos móveis contribuíram com 23,3% do total de pagamentos on-line. Dentro de sua base de clientes, em torno de 3,5 mil empresas, esse percentual aponta aumento de 21,5% no número de transações via celular na comparação com o trimestre anterior.
No Brasil, a compra por dispositivos móveis ainda não atingiu 5%, mas é tendência entre os empresários que operam lojas virtuais a importância desse canal de venda. Ainda mais com um consumidor conectado e que aprendeu a pesquisar preço e a se preocupar com a reputação da marca.
Mercado
Atualmente, o segmento de marketplace no País conta com players como MercadoLivre, Amazon, Rakuten, Elo 7, entre outros. Mesmo considerado pequeno, pois poucas empresas apostaram nele, o segmento começa a ganhar corpo. Entidades setoriais afirmam que o nicho pode representar mais de 30% do faturamento do setor, estimado em R$ 39 bi.
Fonte: DCI