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INDICADOR DE DESEMPREGO RECUA 0,2% EM MARÇO ANTE FEVEREIRO, APONTA FGV

INDICADOR DE DESEMPREGO RECUA 0,2% EM MARÇO ANTE FEVEREIRO, APONTA FGV A despeito da melhora da confiança do comércio de fevereiro para março, com alta de 1,1%, a intenção de investimento dos empresários do setor fechou o mês em 75,7 pontos, o menor nível da série histórica iniciada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em março de 2011.

Todos os itens que compõem o subíndice da confiança registraram recuo: intenção de contratação de funcionários (-0,2%), intenção de investimentos na empresa (-2,9%) e avaliação do nível de estoques diante da programação de vendas (-0,5%).

De acordo com a CNC, a queda no volume de vendas e a perspectiva de desempenho ainda pior do setor este ano, combinados aos custos elevados do crédito, têm levado os empresários a reduzirem investimentos. O nível de estoques também permanece elevado no comércio e, para 32,1% dos empresários consultados estão acima do adequado.

A economista da CNC, Izis Ferreira, elenca fatores que têm contribuído para a melhora da confiança nos três últimos meses, como a perspectiva de estabilidade dos juros e a valorização do câmbio, fator importante para o comércio, em grande parte importador de mercadorias. Por outro lado, o comércio ainda vem apresentando quedas a cada trimestre nas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a situação do mercado de trabalho segue se deteriorando, com perspectiva da taxa de desemprego extrapolar os dois dígitos em 2016.

"O mercado de trabalho parece ainda não ter chegado ao fundo do poço, o crédito continua escasso e caro. Esse quadro influencia a pretensão de investimento do empresário ", diz Izis.

A economista da CNC ressalta que diante da volatilidade dos subíndices que compõem o indicador de confiança - expectativas, condições atuais e investimento - ainda não é possível afirmar que o Índice de Confiança do Comércio (Icec) tenha entrado em rota positiva de maneira sustentável, apesar das três altas consecutivas na margem. Nas avaliações feitas em relação a março do ano passado ainda há quedas acentuadas.

Fonte: Jornal Estado de Minas - MG