Inflação nos supermercados foi de 11,33% em 2015
Após registrar inflação de 7,59% em 2014, o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, atingiu 11,33% em 2015. Este é o segundo maior índice registrado em toda a série histórica, iniciada em julho de 1994.
Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS – Associação Paulista de Supermercados - Rodrigo Mariano, a maior inflação acumulada no ano foi em 2002, quando o indicador registrou alta de 17,53% nos preços em supermercados, muito influenciado pela inflação oficial registrada naquele ano, a disparada do risco país e do dólar, diante de um cenário de incertezas após a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Isso impactou negativamente na economia, o que foi amenizado logo na sequência com a adoção de uma política econômica alinhada à condução da equipe econômica antecessora”, diz.
De acordo com a APAS, a alta nos preços atual decorre do cenário de atividade econômica enfraquecido em 2015, o que fortalece a tese de que a inflação foi muito influenciada por fatores relacionados a choques adversos que não o aumento do consumo. Ou seja, foi resultado do aumento nos custos de produção, diante da alta na energia elétrica, por meio dos reajustes expressivos do governo federal, que impactou muito os custos de produção de diversos setores. Os que utilizam a energia de maneira intensiva, caso de alimentos e bebidas, principalmente panificados, massas, bebidas, foram os mais afetados.
Rodrigo enfatizou que, em dezembro, a inflação foi de 1,67%, enquanto que o indicador havia ficado em 0,98% no mesmo mês do ano anterior. “É possível verificar uma aceleração da inflação ao longo de 2015, que já era notada desde 2013, refletindo em preços altos. Os motivos desta alta contínua passam pela pressão sobre os custos de produção até menor disponibilidade interna de alguns produtos, seja por redução de oferta ou elevação de demanda. Mas o destaque fica por conta da alta dos custos de produção”, afirma.
A alta em 2015 esteve diretamente relacionada ao aumento nos preços dos produtos In Natura com alta de 22,67%, impactados pelo aumento em algumas culturas especificas que pressionaram os preços dos produtos, tais como cebola (78,31%), tomate (43,88%) e batata (38,44%). A explicação, segundo a APAS, está na menor disponibilidade do produto ao longo de períodos específicos, e a menor produção em alguns casos diante de preços que não foram atrativos para os produtores. Aliado a isto, os custos de produção foram impactados diante de necessidade de irrigação artificial, o que exigiu dos produtores investimentos adicionais e outros custos que foram repassados aos preços.
O preço do grupo Adoçantes foi impactado pela alta do açúcar em 2015 (34,82%).
O grupo de Óleos sofreu aumento de preços em função do aumento do óleo de soja (18,67%), pela alta da soja no mercado internacional, e do dólar, que impactou nos custos de produção.
Os panificados subiram devido à alta dos custos de energia elétrica e do trigo no mercado internacional, em função do dólar.
Conforme explicou o economista, desde a criação do Plano Real em julho de 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 197,06%, o IPCA/IBGE (Brasil) tem alta de 424,11%, o IPC-FIPE tem aumento de 319,92% e o IPA/FGV tem variação de 589,41%.
“Por mais um mês a diferença entre os indicadores de preços do setor supermercadista no estado de São Paulo aponta desigualdade menor em relação aos demais indicadores, mostrando alta mais moderada no setor. Isso se deve à característica de concorrência, na qual os ganhos de eficiência e produtividade aliados às constantes negociações junto à indústria possibilitam preços mais competitivos para serem ofertados aos consumidores”, diz.
De modo geral, a elevação dos preços esteve diretamente relacionada a fatores como pressão sobre os custos (estiagem, alta nas contas de energia elétrica e dólar). “A inflação tem em sua maior parcela impacto diretamente da condução da política econômica que afetou negativamente diversas variáveis econômicas, auxiliando na maior pressão sobre os preços ao longo de 2015”, finaliza.
Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS – Associação Paulista de Supermercados - Rodrigo Mariano, a maior inflação acumulada no ano foi em 2002, quando o indicador registrou alta de 17,53% nos preços em supermercados, muito influenciado pela inflação oficial registrada naquele ano, a disparada do risco país e do dólar, diante de um cenário de incertezas após a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Isso impactou negativamente na economia, o que foi amenizado logo na sequência com a adoção de uma política econômica alinhada à condução da equipe econômica antecessora”, diz.
De acordo com a APAS, a alta nos preços atual decorre do cenário de atividade econômica enfraquecido em 2015, o que fortalece a tese de que a inflação foi muito influenciada por fatores relacionados a choques adversos que não o aumento do consumo. Ou seja, foi resultado do aumento nos custos de produção, diante da alta na energia elétrica, por meio dos reajustes expressivos do governo federal, que impactou muito os custos de produção de diversos setores. Os que utilizam a energia de maneira intensiva, caso de alimentos e bebidas, principalmente panificados, massas, bebidas, foram os mais afetados.
Rodrigo enfatizou que, em dezembro, a inflação foi de 1,67%, enquanto que o indicador havia ficado em 0,98% no mesmo mês do ano anterior. “É possível verificar uma aceleração da inflação ao longo de 2015, que já era notada desde 2013, refletindo em preços altos. Os motivos desta alta contínua passam pela pressão sobre os custos de produção até menor disponibilidade interna de alguns produtos, seja por redução de oferta ou elevação de demanda. Mas o destaque fica por conta da alta dos custos de produção”, afirma.
A alta em 2015 esteve diretamente relacionada ao aumento nos preços dos produtos In Natura com alta de 22,67%, impactados pelo aumento em algumas culturas especificas que pressionaram os preços dos produtos, tais como cebola (78,31%), tomate (43,88%) e batata (38,44%). A explicação, segundo a APAS, está na menor disponibilidade do produto ao longo de períodos específicos, e a menor produção em alguns casos diante de preços que não foram atrativos para os produtores. Aliado a isto, os custos de produção foram impactados diante de necessidade de irrigação artificial, o que exigiu dos produtores investimentos adicionais e outros custos que foram repassados aos preços.
O preço do grupo Adoçantes foi impactado pela alta do açúcar em 2015 (34,82%).
O grupo de Óleos sofreu aumento de preços em função do aumento do óleo de soja (18,67%), pela alta da soja no mercado internacional, e do dólar, que impactou nos custos de produção.
Os panificados subiram devido à alta dos custos de energia elétrica e do trigo no mercado internacional, em função do dólar.
Conforme explicou o economista, desde a criação do Plano Real em julho de 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 197,06%, o IPCA/IBGE (Brasil) tem alta de 424,11%, o IPC-FIPE tem aumento de 319,92% e o IPA/FGV tem variação de 589,41%.
“Por mais um mês a diferença entre os indicadores de preços do setor supermercadista no estado de São Paulo aponta desigualdade menor em relação aos demais indicadores, mostrando alta mais moderada no setor. Isso se deve à característica de concorrência, na qual os ganhos de eficiência e produtividade aliados às constantes negociações junto à indústria possibilitam preços mais competitivos para serem ofertados aos consumidores”, diz.
De modo geral, a elevação dos preços esteve diretamente relacionada a fatores como pressão sobre os custos (estiagem, alta nas contas de energia elétrica e dólar). “A inflação tem em sua maior parcela impacto diretamente da condução da política econômica que afetou negativamente diversas variáveis econômicas, auxiliando na maior pressão sobre os preços ao longo de 2015”, finaliza.
Fonte: O Regional