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“É um processo normal, lento de retomada da atividade em função da profundidade e gravidade da crise”, disse em entrevista a jornalistas. “Certamente o Brasil voltará a crescer de forma sólida a partir do ano que vem”, acrescentou.

Segundo ele, está mantida por enquanto a projeção do governo de alta de 1% do PIB em 2017. “Se vai cair, não sei. Vamos aguardar a evolução dos acontecimentos”, disse.

Segundo ele, o encaminhamento da reforma da Previdência também será um ingrediente importante não só para o ajuste fiscal, mas também para a retomada da confiança na economia.

Questionado se o ajuste fiscal estará completo, caso a PEC do teto de gastos e a reforma da Previdência sejam aprovadas, Meirelles disse que dependerá do texto que for aprovado pelo Congresso.

“Estamos estudando quais outras eventuais propostas poderiam vir a ser necessárias, dependendo de como vai ser votada a reforma da Previdência. É um processo dinâmico. Mas ajudará a reforçar a confiança na economia e no ajuste fiscal do país e isso é um fator relevante para a retomada”, afirmou.
Segundo Meirelles, com a aprovação da PEC do teto de gastos e da reforma da Previdência a expectativa é que o governo possa voltar a registrar superávit nas suas contas (receitas maiores do que despesas) a partir de 2019.