Mercados não são vilões na alta do arroz, diz setor; Procon quer intervenção federal
A alta nos preços de itens da cesta básica está assustando o consumidor que está pagando até R$ 25 no pacote de arroz, o feijão chegando a R$ 8 e o óleo de soja a R$ 7 reais o litro. A alta não é só no estado e o Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon-MT) vai pedir intervenção do governo federal para conter os aumentos. Representantes do setor de supermercados afirmam que o setor é apenas intermediário e que o os aumentos vêm dos produtores que estariam com altos custos de produção.
“Está ocorrendo uma inversão de vilões, a gente não produz, compramos e vendemos, os supermercados não estão aumentando os preços, os insumos que estão subindo, nós não temos controle, a margem de lucro é a mesma, 20%, em alguns produtos até diminuímos o lucro para não chegar no consumidor”, explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de MT, Kassio Catena.
Segundo Kassio, o arroz, que no início do ano chegava para os supermercados a R$ 8 agora chega a R$ 21. “Somos intermediários e não os vilões do aumento que está vindo dos produtores, que por sua vez, estão repassando de acordo com seus custos”.
O Procon de Cuiabá alega que os aumentos nos alimentos que compõem a cesta básica estão prejudicando a saúde financeira do consumidor. Junto à a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidade de defesa do consumidor, o Procon encaminhou um ofício ao governo federal pedindo intervenção para conter a alta nos preços.
Na semana passada, Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não vai “dar canetadas” para segurar os aumentos e pediu “patriotismos” donos de supermercados. A reação do setor foi negativa à fala do presidente.
“Pretendo sobreviver em momento de pandemia, acho que ele (Bolsonaro) falou besteira, ele não é do comércio, é do governo, estamos repassando o preço que recebemos”, disse Catena.
Fonte: RD News
