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Perspectivas para 2020

Perspectivas para 2020

Apesar da maior pressão inflacionária a reta final de 2019, puxada principalmente pelo alta do preço da carne, a expectativa é que a inflação permanecerá em patamar baixo.



Para 2020, os economistas das instituições financeiras projetam um IPCA em 3,60%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Neste ano, o centro da meta é de 4%, um pouco menor que em 2019. A meta terá sido cumprida se o índice oscilar de 2,5% a 5,5%.



A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros. A Selic terminou 2019 a 4,5% ao ano, nova mínima histórica, após novo corte de 0,5 ponto em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto



A expectativa atual do mercado para a taxa básica de juros é de que a Selic encerre este ano em 4,50%.



Na avaliação da equipe econômica, a taxa de juros só deve voltar a cair caso o Congresso Nacional aprove a segunda fase das reformas estruturais enviadas pelo governo Bolsonaro no ano passado, destaca o Blog do Valdo Cruz.



Inflação por regiões

Quanto aos índices regionais, 5 das 16 áreas pesquisadas tiveram alta acima da inflação oficial do país em 2019, sendo que as maiores em Belém (5,51%) e em Fortaleza (5,01%). A menor taxa de inflação foi observada em Vitória (3,29%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a taxa ficou em 4,60% e 4,05%, respectivamente.



Cálculo da inflação vai mudar em 2020

A partir do próximo resultado mensal, vai mudar a metodologia usada pelo IBGE para o cálculo da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).



Diante dos novos hábitos de consumo dos brasileiros, identificados por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, o IBGE decidiu alterar em 2020 a cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente para se aferir a inflação.



A nova estrutura do IPCA vai considerar 377 produtos e serviços, com seis subitens a menos que a divulgada até 2019.



A pesquisa passará a incluir o acompanhamento de preços de 56 novos itens, como tratamento de pets e macarrão instantâneo. Já itens cujo peso ficou menor no orçamento das famílias, como aparelhos de DVD, máquinas fotográficas, microondas, orelhões e liquidificadores, sairão do cálculo.



A maior mudança foi a alteração do peso do grupo de transportes na composição do IPCA. Pela primeira vez, ele superou o grupo de alimentação e bebidas no orçamento familiar do brasileiro. Os transportes passam a representar 20,8% do indicador da inflação, enquanto o de alimentos passa a ser de 19%.


Fonte: G1 - Economia