Preço da cesta básica cresceu menos do que a inflação

(-3,7%). O valor do frango inteiro resfriado caiu 2,26% e o dos ovos brancos, 3,59%, favorecendo a substituição de outros produtos proteicos cujos preços aumentaram, como as carnes de primeira e de segunda sem osso e o presunto fatiado. A linguiça fresca subiu 5,28% por causa da demanda sazonal de carne suína. Os preços médios da cesta subiram mais entre março e junho – quando a alta foi de 3,6%. Com a piora do emprego e a perda de renda dos trabalhadores, a demanda caiu e se tornou mais fácil o recuo de preços no segundo semestre.
Na comparação entre dezembro de 2015 e novembro deste ano, dois itens subiram acima de 30% (feijão carioquinha e farinha de mandioca torrada), quatro itens aumentaram mais de 20% (margarina, alho, queijo muçarela e leite em pó integral) e sete itens subiram mais de 10%, como linguiça fresca e café em pó. Se as safras de grãos forem tão boas como se espera e os preços tenderem à estabilidade, 2017 será um ano favorável para o consumo de alimentos e para empresas como hiper e supermercados, cujo desempenho oscilou muito neste ano. Na média, os custos de higiene pessoal subiram apenas 2,8% neste ano, mas um item crítico (a pasta de dentes) subiu 17,8%. Os custos de limpeza cresceram mais (6,31% no ano), puxados por água sanitária e detergente líquido. Mau sinal para a saúde das pessoas.
Fonte: O Estado de São Paulo