Preço da comida dispara e faz o consumidor pesquisar mais

“As pessoas falam muito do combustível que subiu, mas o problema maior é a comida. Até porque o combustível você para de colocar, mas não tem jeito de parar de comer”, avalia Renata. O jeito é pesquisar.
O professor de finanças do Ibmec Ricardo Couto explica que, no caso da comida, uma das dificuldades é justamente a limitação das substituições. “É o caso do feijão, que estamos vendo. A produção no país caiu, mas o consumo se manteve, e isso faz com que o preço dispare. E para o brasileiro é muito difícil abrir mão do arroz com feijão”, explica o professor.
A açougueira Rosali Alves do Nascimento, porém, abriu mão. “Hoje (ontem) não comprei feijão. Nesse preço, não comprei. Eu adoro, mas minhas filhas falaram que não precisava, então eu deixei. Tem que pesquisar para achar o preço menor também”, opina.
Para a dona de casa Vânia Rodrigues, 50, o consumidor deve trocar os produtos e levar os mais baratos. “Tenho trocado produtos, mudado de marcas, porque a minha renda não está acompanhando o aumento dos preços”, avalia.
Perspectiva
Queda. Para o professor do Ibmec Ricardo Couto, a tendência é que a inflação comece a ceder. “Neste ano ela deve fechar em torno de 7% e caminhar para o centro da meta (4,5%) em 2017”, avalia.
Fonte: Jornal O Tempo