Preço de alimentos mais básicos para brasileiros fica mais caro neste ano
Dados oficiais mostram que os brasileiros estão pagando mais caro para consumir produtos básicos da sua alimentação, como o arroz, feijão, verduras e carnes.
Um levantamento feito pelo Instituto Assaf, a partir de informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de fevereiro deste ano, mostra que um prato de salada com alface e tomate, por exemplo, aumentou, em média, 10,28% no período considerado pelo indicador - entre os dias 16 de janeiro e 15 fevereiro. Já a refeição mais tradicional no País, composta por arroz, feição e bife ficou 3,22% mais cara aos brasileiros.
Dados do IPCA de janeiro mostram que o feijão carioca acumula, em doze meses, alta de 18,29%, o arroz de 8,03%, as carnes de 20,42%, o tomate de 21,59% e as hortaliças, de 6,14%. O índice do Ceagesp divulgado ontem também evidencia a trajetória dos preços dos alimentos. O indicador registrou variação positiva de 4,27% em fevereiro e foi puxado pela alta dos legumes e das verduras, em 30,10% e 22,29%, respectivamente. Segundo o economista da Ceagesp, a cultura desses dois grupos de alimentos foi prejudicada pelo excesso de chuvas e as altas temperaturas que foram registradas em fevereiro.
Apesar disso, o aumento das chuvas melhoram as expectativas para a produção de alimentos, e, portanto, para os preços, que sofreram alta devido à estiagem prolongada do ano passado que afetou, principalmente, a Região Sudeste.
"Com condições climáticas mais favoráveis, como temperaturas mais amenas e um bom índice de chuvas é possível retomar a normalidade na produção a partir de maio", afirma o especialista.
O economista do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima, ressalta que o peso da inflação dos alimentos sobre o bolso do consumidor costuma ser mais alto do que aquele mensurado pelos indicadores oficiais. E diz que, dependendo do tamanho dos repasses da alta de combustíveis e de energia elétrica sobre os preços dos alimentos, o orçamento das famílias pode ficar mais apertado neste ano.
Godas afirma que, no que diz respeito aos preços dos alimentos, o repasse do aumento da energia elétrica não chega a ser integral. "Quando se trata de produto perecível, fica mais complicado fazer repasses integrais de preços, pois a dinâmica nesse mercado é mais rápida. O que basicamente determina preço de alimentos é sazonalidade", explica Godas.
Período mais longo
Os preços dos alimentos também se elevaram quando se observa períodos mais longos de tempo. Ao comentar o desempenho do IPCA de 2014, a técnica do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, informou que a inflação do grupo subiu 99,73% nos últimos dez anos, bem acima da inflação oficial do período, de 69,34%. Os alimentos consumidos em casa aumentaram em 86,59%, ao passo que as refeições fora de casa se elevaram em 136,14%.
Na ocasião, ela relacionou esse movimento a problemas climáticos, como a seca, e às mudanças no perfil da população brasileira, como o aumento da renda e do emprego entre 2005 e 2014, que alavancaram o aumento da demanda no País.
Comparando outros dados do IBGE referentes ao período de 1994 a 2015, é possível também verificar o aumento dos custo com alimentação.
Para cada R$ 1,00 do que valia algum produto do grupo de hortaliças e verduras em 1994, hoje corresponde a R$ 5,04, levando em conta a inflação do período e correções monetária. Portanto, um quilo de hortaliças que valia R$ 5,00 há 21 anos atrás, por exemplo, hoje vale R$ 25,04.
Para o mestre em finanças públicas, Amir Khair, há diversas possibilidades que podem reduzir o custo dos alimentos. Uma delas seria uma política pública de reabastecimento em nível municipal, como a criação de feiras que aproximem o produtor do consumidor final. "A presença dos intermediários entre a produção e o consumidor acaba encarecendo os preços dos alimentos", explica o especialista.
Um levantamento feito pelo Instituto Assaf, a partir de informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de fevereiro deste ano, mostra que um prato de salada com alface e tomate, por exemplo, aumentou, em média, 10,28% no período considerado pelo indicador - entre os dias 16 de janeiro e 15 fevereiro. Já a refeição mais tradicional no País, composta por arroz, feição e bife ficou 3,22% mais cara aos brasileiros.
Dados do IPCA de janeiro mostram que o feijão carioca acumula, em doze meses, alta de 18,29%, o arroz de 8,03%, as carnes de 20,42%, o tomate de 21,59% e as hortaliças, de 6,14%. O índice do Ceagesp divulgado ontem também evidencia a trajetória dos preços dos alimentos. O indicador registrou variação positiva de 4,27% em fevereiro e foi puxado pela alta dos legumes e das verduras, em 30,10% e 22,29%, respectivamente. Segundo o economista da Ceagesp, a cultura desses dois grupos de alimentos foi prejudicada pelo excesso de chuvas e as altas temperaturas que foram registradas em fevereiro.
Apesar disso, o aumento das chuvas melhoram as expectativas para a produção de alimentos, e, portanto, para os preços, que sofreram alta devido à estiagem prolongada do ano passado que afetou, principalmente, a Região Sudeste.
"Com condições climáticas mais favoráveis, como temperaturas mais amenas e um bom índice de chuvas é possível retomar a normalidade na produção a partir de maio", afirma o especialista.
O economista do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima, ressalta que o peso da inflação dos alimentos sobre o bolso do consumidor costuma ser mais alto do que aquele mensurado pelos indicadores oficiais. E diz que, dependendo do tamanho dos repasses da alta de combustíveis e de energia elétrica sobre os preços dos alimentos, o orçamento das famílias pode ficar mais apertado neste ano.
Godas afirma que, no que diz respeito aos preços dos alimentos, o repasse do aumento da energia elétrica não chega a ser integral. "Quando se trata de produto perecível, fica mais complicado fazer repasses integrais de preços, pois a dinâmica nesse mercado é mais rápida. O que basicamente determina preço de alimentos é sazonalidade", explica Godas.
Período mais longo
Os preços dos alimentos também se elevaram quando se observa períodos mais longos de tempo. Ao comentar o desempenho do IPCA de 2014, a técnica do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, informou que a inflação do grupo subiu 99,73% nos últimos dez anos, bem acima da inflação oficial do período, de 69,34%. Os alimentos consumidos em casa aumentaram em 86,59%, ao passo que as refeições fora de casa se elevaram em 136,14%.
Na ocasião, ela relacionou esse movimento a problemas climáticos, como a seca, e às mudanças no perfil da população brasileira, como o aumento da renda e do emprego entre 2005 e 2014, que alavancaram o aumento da demanda no País.
Comparando outros dados do IBGE referentes ao período de 1994 a 2015, é possível também verificar o aumento dos custo com alimentação.
Para cada R$ 1,00 do que valia algum produto do grupo de hortaliças e verduras em 1994, hoje corresponde a R$ 5,04, levando em conta a inflação do período e correções monetária. Portanto, um quilo de hortaliças que valia R$ 5,00 há 21 anos atrás, por exemplo, hoje vale R$ 25,04.
Para o mestre em finanças públicas, Amir Khair, há diversas possibilidades que podem reduzir o custo dos alimentos. Uma delas seria uma política pública de reabastecimento em nível municipal, como a criação de feiras que aproximem o produtor do consumidor final. "A presença dos intermediários entre a produção e o consumidor acaba encarecendo os preços dos alimentos", explica o especialista.
Fonte: DCI