Setor de panificação e confeitaria teve faturamento de 8,7%
As empresas de panificação e confeitaria movimentaram R$ 76,405 bilhões em 2013, faturamento 8,7% superior ao registrado no ano anterior. Pela primeira vez desde 2007, entretanto, o setor registrou índice de crescimento inferior a 10%.
"Essa desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. Para se ter uma ideia, os preços da farinha de trigo, que representam 40% dos custos dos produtos panificados, sofreram aumento médio de 22%, o que representou impacto de 9% nos reajustes de preços realizados no ano", informa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), José Batista de Oliveira.
Os números apresentados pelo dirigente foram levantados pelo Instituto Tecnológico (ITPC), em parceria com a Abip, por meio de pesquisa realizada junto a 1,2 mil empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes. O crescimento do faturamento, segundo Batista, foi garantido pelo desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fast food e de conveniência.
O número de empresas que constitui o setor continua sendo de 63,2 mil, que foram freqüentadas por cerca de 43 milhões de clientes diariamente, no último ano. Já o número de funcionários na panificação somou 820 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta. Houve um aumento de 2% no número de postos de trabalhos criados ano passado, o que representa 18 mil funcionários contratados pelas padarias.
No mesmo período, o faturamento por funcionário aumentou 9,4% e o salário médio cresceu 26%. Já as vendas de produção própria representaram 55% do volume de faturamento, ou R$ 42,02 bilhões, seguidas por bebidas, mercearia e laticínios.
Geração de emprego - O presidente da Abip destaca a importância socioeconômica do setor, lembrando que o segmento, além de ser importante gerador e mantenedor de mão de obra, é constituído basicamente por micro e pequenas empresas. "Mais da metade das padarias emprega até 20 funcionários", destaca.
Dada a relevância do setor, Oliveira defende a aceleração do projeto que desonera os produtos panificados, e que se encontra em trâmite na Câmara dos Deputados, já tendo recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça. "Trata-se de matéria da maior importância para a economia e para a sociedade brasileiras", diz o presidente da Abip.
"A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população", diz Oliveira. Dessa forma, conclui, o Brasil poderá incrementar seu hoje acanhado consumo per capita de pães, situado na faixa dos 33 quilos/habitante/ano, o que vem a ser pouco mais da metade dos 60 quilos/habitante/ano recomendados pela ONU.
"Temos muito espaço para crescer", diz, lembrando que países de situação socioeconômica similares às do Brasil ostentam índices de consumo per capita acima dos 70 quilos/habitante/ano, como é o caso da Argentina, e além dos 90 quilos/habitante/ano, como no caso do Chile.
"Essa desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. Para se ter uma ideia, os preços da farinha de trigo, que representam 40% dos custos dos produtos panificados, sofreram aumento médio de 22%, o que representou impacto de 9% nos reajustes de preços realizados no ano", informa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), José Batista de Oliveira.
Os números apresentados pelo dirigente foram levantados pelo Instituto Tecnológico (ITPC), em parceria com a Abip, por meio de pesquisa realizada junto a 1,2 mil empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes. O crescimento do faturamento, segundo Batista, foi garantido pelo desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fast food e de conveniência.
O número de empresas que constitui o setor continua sendo de 63,2 mil, que foram freqüentadas por cerca de 43 milhões de clientes diariamente, no último ano. Já o número de funcionários na panificação somou 820 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta. Houve um aumento de 2% no número de postos de trabalhos criados ano passado, o que representa 18 mil funcionários contratados pelas padarias.
No mesmo período, o faturamento por funcionário aumentou 9,4% e o salário médio cresceu 26%. Já as vendas de produção própria representaram 55% do volume de faturamento, ou R$ 42,02 bilhões, seguidas por bebidas, mercearia e laticínios.
Geração de emprego - O presidente da Abip destaca a importância socioeconômica do setor, lembrando que o segmento, além de ser importante gerador e mantenedor de mão de obra, é constituído basicamente por micro e pequenas empresas. "Mais da metade das padarias emprega até 20 funcionários", destaca.
Dada a relevância do setor, Oliveira defende a aceleração do projeto que desonera os produtos panificados, e que se encontra em trâmite na Câmara dos Deputados, já tendo recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça. "Trata-se de matéria da maior importância para a economia e para a sociedade brasileiras", diz o presidente da Abip.
"A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população", diz Oliveira. Dessa forma, conclui, o Brasil poderá incrementar seu hoje acanhado consumo per capita de pães, situado na faixa dos 33 quilos/habitante/ano, o que vem a ser pouco mais da metade dos 60 quilos/habitante/ano recomendados pela ONU.
"Temos muito espaço para crescer", diz, lembrando que países de situação socioeconômica similares às do Brasil ostentam índices de consumo per capita acima dos 70 quilos/habitante/ano, como é o caso da Argentina, e além dos 90 quilos/habitante/ano, como no caso do Chile.
Fonte: Diário do Comércio