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Supermercados projetam vender mais cerveja e peixe do que ovos de Páscoa

Supermercados projetam vender mais cerveja e peixe do que ovos de Páscoa supermercadistas projetam vender mais cerveja e peixe do que ovos de Páscoa na Semana Santa em Mato Grosso. A constatação surge com a pesquisa feita pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para o mercado nacional e que também define a tendência para o setor no Estado.

De acordo com o levantamento, a demanda dos supermercados por ovos de Páscoa de diversos tamanhos será, no geral, 0,7% menor do que em 2017. Ovos com peso acima de 500 g terão estoque 3% menor que no ano passado, enquanto que ovos entre 150 g e 500 g sofrerão redução de 1,6% na demanda dos compradores do setor.

A pesquisa da Abras aponta, por outro lado, que a aposta do varejo para esta Páscoa é nas vendas de bebidas alcoólicas. Os supermercados encomendaram 6,6% bebidas a mais na comparação com as encomendas feitas na Páscoa anterior. Azeites e peixes em geral também estão na lista dos itens mais encomendados pelos mercados para este ano, com evolução nominal de 5,2% e 5%, respectivamente, a mais este ano, na comparação com o ano anterior.

As parreiras de ovos ainda estão sendo montadas na maioria dos supermercados. Apesar de que grande parte dos consumidores deixa para comprar os ovos de chocolate mais próximo à semana da Páscoa, o produto não sai do gosto do mato-grossense e pelo menos 50% dos comerciantes apostam que as vendas deste ano deverão ser equivalentes às do ano passado.

O presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Alessandro Morbeck, considera que no Estado os supermercadistas têm a mesma percepção de ritmo de venda que no Brasil. “A expectativa é boa, estamos otimistas. As reduções dos juros somadas à queda da inflação e retomada de confiança do consumidor demonstram aumento nas vendas de ovos de chocolate”, avalia Alessandro.

Diante do cenário relativamente estável na economia, o presidente da Abras João Sanzovo Neto acredita que existe maior otimismo este ano na comparação com o ano anterior. “Em se tratando de um pós-crise, empresários e consumidores continuam ponderados, mas com uma percepção melhor da economia. O Brasil já saiu da crise, as incertezas vêm diminuindo e, com a queda da taxa de desemprego e estabilidade da inflação, o consumidor está voltando a consumir mais. E essa tendência deverá se manter na Páscoa e nos próximos meses”, diz em nota.

Mais baratos

De acordo com a Abras, considerando os valores que os mercados estão pagando para as indústrias, os ovos de Páscoa este ano estão relativamente mais baratos do que em 2017.

A Associação aponta que os ovos de Páscoa em geral estão 2,4% mais baratos na indústria, este ano na comparação com 2017. Ovos com mais de 150 g e menos que 500 g estão 2,2% mais baratos na comparação entre um período e outro, enquanto que ovos com mais 500 g estão 2,1% mais em conta.

Se os preços dos ovos de Páscoa estarão mais em conta para o consumidor final, ainda não é possível mensurar. Contudo, para a aposentada Maria de Lourdes Portella, 71, a tradição de comprar ovos de Páscoa será mantida este ano, independente do preço. “Não penso muito no preço. Geralmente eu vejo se agradará meus netos. Se assim o for, eu levo”, relata Maria, que pretende gastar R$ 100 com ovos de Páscoa, este ano.

Fonte: RD News