Vendas: Hora de Ganhar Fôlego
Muitos feriados, Carnaval em março e Copa do Mundo. Por diversas vezes, empresários ligados ao varejo de Fortaleza citaram esses fatores para justificar a desaceleração nas vendas ao longo do primeiro semestre de 2014. Agora, representantes do setor enxergam no último quadrimestre deste ano considerado atípico uma oportunidade de recuperação e crescimento.
As apostas, porém, são divergentes, mas todos esperam pelo bom desempenho do comércio durante os meses B-R-O Bró - setembro, outubro, novembro e dezembro - com a chegada do Dia da Criança, do pagamento da primeira parcela do 13º salário e do período natalino.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro, é o mais otimista entre os entrevistados pelo Diário do Nordeste. Ele acredita que o varejo da Capital cearense fechará 2014 com 6% de crescimento.
"Este ano não está sendo ruim para o comércio, diferentemente do que se esperava. Nossa expectativa não era das melhores, mas fomos surpreendidos de maneira agradável", afirma, citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao primeiro semestre. "Enquanto o varejo nacional cresceu cerca de 4%, no Ceará, o desempenho do setor foi maior que 8%", destaca.
Cordeiro lembra que, historicamente, o segundo semestre representa 55% do movimento anual do varejo fortalezense. Apesar da inflação estimada em torno de 7% e da redução do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente da CDL acredita que esse cenário não será responsável por diminuir o consumo.
"Essa recessão técnica da economia brasileira, que é um reflexo de uma retração na indústria, não afetará o comércio do Ceará. Não há nenhum sinalizador que aponte um decréscimo em nosso setor. Tem gente trabalhando com muito pessimismo", avalia Freitas Cordeiro.
Apesar do endividamento em Fortaleza, que atualmente atinge mais de 60% dos consumidores, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, destaca que o poder de compra da população está mantido. Ele concorda que as vendas do varejo crescerão neste último quadrimestre, mas não é tão otimista.
Perspectiva
"Se fecharmos 2014 com um incremento de 2,5%, será muito. Neste ano, janeiro e fevereiro foram meses razoáveis para o setor. Mas, a partir daí, começamos a vivenciar um período negativo. Na minha opinião, a inflação em 7% e a redução do PIB refletem no Ceará, mesmo que a economia do Estado venha crescendo acima da média nacional", afirma.
Para Alves, o atual cenário econômico brasileiro, que afeta principalmente a indústria, reflete diretamente no varejo. "Acho que, por conta disso, a margem para as promoções de fim de ano serão menores nas lojas. As fábricas estão com os lucros reduzidos, mais retraídas. Só podemos fazer promoções se tivermos apoio da indústria", declara.
Shoppings
Para o presidente da Associação dos Lojistas de Shopping Centers do Ceará (Aloshop), Abílio do Carmo, o primeiro semestre de 2014 também não foi favorável ao setor. Ele explica que, por conta da quantidade de feriados, do Carnaval em março e da Copa do Mundo, "as perdas para os shoppings foram muito grandes até julho".
Apesar de todos os esforços que serão empreendidos pelos centros de compras para atrair os consumidores, inclusive com a abertura de novos shoppings em Fortaleza, ele acredita apenas numa recuperação, mas não aposta em crescimento. "Está difícil, mas vamos tentar. Se conseguirmos manter o mesmo desempenho de 2013, quando atingimos 4,5% de crescimento, está de bom tamanho", diz.
Abílio do Carmo entende que o atual cenário econômico do País influencia o comportamento do varejo, podendo diminuir as vendas. Por outro lado, não concorda que as lojas o número de promoções será reduzido.
"Há uma tendência de excesso de estoque. Se isso se manter, poderemos atrair o consumidor com boas ofertas e alavancar as vendas. O que nos preocupa é a grande quantidade de pessoas endividadas", completa.
As apostas, porém, são divergentes, mas todos esperam pelo bom desempenho do comércio durante os meses B-R-O Bró - setembro, outubro, novembro e dezembro - com a chegada do Dia da Criança, do pagamento da primeira parcela do 13º salário e do período natalino.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro, é o mais otimista entre os entrevistados pelo Diário do Nordeste. Ele acredita que o varejo da Capital cearense fechará 2014 com 6% de crescimento.
"Este ano não está sendo ruim para o comércio, diferentemente do que se esperava. Nossa expectativa não era das melhores, mas fomos surpreendidos de maneira agradável", afirma, citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao primeiro semestre. "Enquanto o varejo nacional cresceu cerca de 4%, no Ceará, o desempenho do setor foi maior que 8%", destaca.
Cordeiro lembra que, historicamente, o segundo semestre representa 55% do movimento anual do varejo fortalezense. Apesar da inflação estimada em torno de 7% e da redução do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente da CDL acredita que esse cenário não será responsável por diminuir o consumo.
"Essa recessão técnica da economia brasileira, que é um reflexo de uma retração na indústria, não afetará o comércio do Ceará. Não há nenhum sinalizador que aponte um decréscimo em nosso setor. Tem gente trabalhando com muito pessimismo", avalia Freitas Cordeiro.
Apesar do endividamento em Fortaleza, que atualmente atinge mais de 60% dos consumidores, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, destaca que o poder de compra da população está mantido. Ele concorda que as vendas do varejo crescerão neste último quadrimestre, mas não é tão otimista.
Perspectiva
"Se fecharmos 2014 com um incremento de 2,5%, será muito. Neste ano, janeiro e fevereiro foram meses razoáveis para o setor. Mas, a partir daí, começamos a vivenciar um período negativo. Na minha opinião, a inflação em 7% e a redução do PIB refletem no Ceará, mesmo que a economia do Estado venha crescendo acima da média nacional", afirma.
Para Alves, o atual cenário econômico brasileiro, que afeta principalmente a indústria, reflete diretamente no varejo. "Acho que, por conta disso, a margem para as promoções de fim de ano serão menores nas lojas. As fábricas estão com os lucros reduzidos, mais retraídas. Só podemos fazer promoções se tivermos apoio da indústria", declara.
Shoppings
Para o presidente da Associação dos Lojistas de Shopping Centers do Ceará (Aloshop), Abílio do Carmo, o primeiro semestre de 2014 também não foi favorável ao setor. Ele explica que, por conta da quantidade de feriados, do Carnaval em março e da Copa do Mundo, "as perdas para os shoppings foram muito grandes até julho".
Apesar de todos os esforços que serão empreendidos pelos centros de compras para atrair os consumidores, inclusive com a abertura de novos shoppings em Fortaleza, ele acredita apenas numa recuperação, mas não aposta em crescimento. "Está difícil, mas vamos tentar. Se conseguirmos manter o mesmo desempenho de 2013, quando atingimos 4,5% de crescimento, está de bom tamanho", diz.
Abílio do Carmo entende que o atual cenário econômico do País influencia o comportamento do varejo, podendo diminuir as vendas. Por outro lado, não concorda que as lojas o número de promoções será reduzido.
"Há uma tendência de excesso de estoque. Se isso se manter, poderemos atrair o consumidor com boas ofertas e alavancar as vendas. O que nos preocupa é a grande quantidade de pessoas endividadas", completa.
Fonte: Diário do Nordeste